Entrevistas

Pode indicar-nos um lugar/tempo específico no Porto que associa a um cheiro?

O cheiro da tripa enfarinhada na Ribeira, debaixo dos arcos medievais em direção à Praça do Cubo. [[Localização deste cheiro e da escultura. Uma escultura… realista da autoria de José Rodrigues que serve de ótimo ponto de encontro na zona da Ribeira.]]

O cheiro do urinol público em frente ao cemitério Prado do Repouso [[Localização do cheiro frente ao cemitério/ “O Cemitério fica no Largo Soares dos Reis”.]] no final da Rodrigues de Freitas. [[Localização do cheiro / É o bairro da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto
(FBAUP) Belas Artes, pleno de ruas arborizadas e de ateliers de artistas. Ver Café e Poesia.]]

O cheiro de órgãos de animais secos [[Foto Hélène Robert : órgãos de animais secos[1] ao sol no Mercado do Bolhão]] ao sol no Mercado do Bolhão.Praia do Ourigo: [[Localização deste cheiro / “Praia urbana ao lado da foz do rio Douro”.]] sal e mar no Inverno, baunilha e coco no Verão. Odores dos cremes solares nesta praia quando era pequeno. Na Rua Miguel Bombarda, depois das 8.30 da noite, onde há uma mercearia, eles cozinham nas traseiras da loja e podes cheirar comida portuguesa realmente tradicional. [[Localização deste cheiro / “Sede do verdadeiro Quarteirão das Artes.  Ver Ver Arte]]

Há uma rua que cheira muito bem porque há lá uma fábrica de biscoitos: Bolachas Maria situada na Rua Entreparedes. [[Localizaçao deste cheiro]]

O cheiro do sabão, das roupas lavadas penduradas nas varandas no Centro. [[foto hélène Robert das roupas]]

Sardinha assada em todo o lado na cidade durante a noite da São João (23-24 de Junho) [[Ver Festivais  “O mastro de São João, conhecido em Portugal também como o mastro dos Santos Populares, é erguido durante a festa junina para celebrar os três santos ligados a essa festa.”]]

O cheiro da comida a ser cozinhada nas casas.

O cheiro da cera para a madeira.

No final do Verão, quando tens as castanhas, sabes que o Verão acabou mesmo. [[A cidade tem decididamente duas caras, uma quando é Verão, a outra quando vem o Inverno.]]

No Verão, tens o cheiro das sardinhas assadas.

O cheiro que vem da brisa marítima durante a maré baixa: uma mistura entre marisco e algas. Para os estrangeiros este odor não é importante, mas senti muito a falta dele quando estive no estrangeiro. Senti saudade [[Saudade, explicação de EDUARDO LOURENÇO, Ver Cidade Essencial]] e senti mesmo a falta do granito a cheirar a mijo. Senti falta do conforto.

O cheiro do mar quando chegas à Foz, às vezes consegues cheirá-lo aqui porque ele vem até ao Centro.

O cheiro das ruas na Ribeira é único.

O cheiro do café para mim foi novidade. Não conhecia o cheiro do expresso assim tão forte. No Brasil era mais como o café americano. [[Localização: Para os fãs do cheiro do café, não hesitem ir ao Café Cristina, Rua Sá da Bandeira, 401 para comprar café!]]

O cheiro do Bolhão, [[Localização Cheiro de Bolhão]]  muito particular.

A água, a brisa misturada de ar e mar.

Sardinhas no São João e nos diferentes momentos do ano.

Quando a Primavera chega, o cheiro de castanhas na Rua de Santa Catarina. [[Localização deste cheiro na Rua Santa Catarina. “Rua Santa Catarina: a rua comercial do Porto, por excelência!”]]

Na Rua Formosa sentes realmente a poluição. [[Localizaçao do cheiro da poluição na mapa]]

A chuva no granito.

O cheiro do mar e das rochas: algo duro, especialmente no Inverno quando há ventos fortes.

O cheiro de bosta nos anos 50!

Ver o rio e sentir o cheiro do mar. O cheiro do mar. Eu posso sentir a sua presença. O cheiro a iodo.

Para mim o odor é certamente o cheiro do mar. [[Localizaçao do cheiro do mar]] Sempre vivi junto ao mar e pertenço a um grupo do facebook: “É impossível viver longe do mar.” Quando estou de mau humor, vou até às dunas de Miramar. Três odores: o mar, especialmente a areia molhada à noite, e a vegetação das dunas. [[Localizaçao do cheiro das dunas]] A vegetação verde e as flores cor-de-rosa. A harmonia entre estas coisas. E isso ajuda-me a chorar, eu preciso de me encontrar.

Aos Domingos de manhã: o Mercado das Flores na Praça da Liberdade (onde fica a Câmara Municipal).

O cheiro é o cheiro a maresia, não no Centro, mas na Foz.

A casa da minha avó e da amiga da minha avó.

O cheiro da vida do quotidiano.

O cheiro da Rua do Paraíso da Foz em dia de muita humidade, o cheiro que o cavalo do Almeida deixava quando passa na minha rua. O Almeida ainda tem o cavalo mas não sei se é o mesmo. [[Localizaçao do cheiro do cavalo

“Três vezes por semana, Domingos Augusto Almeida, antigo mecânico, actual agricultor a tempo inteiro, vende seus produtos que cultiva no terreno da Rua de Diogo Botelho : “Tem 13 anos e está há seis nas minhas mãos. Já me quiseram comprar o cavalo, mas não o vendo por preço nenhum”, sentencia Domingos Augusto Almeida”]]

O cheiro das meias de leite e galões logo muito cedo pela manhã nos cafés mais próximos do Bolhão ou do Bom Sucesso. [[Localizaçao do cheiro dos meias de leite

Ver Mercado de Bom Sucesso em Mercados]]

As tílias em S. Lázaro, 2 dias por ano. [[Localizaçao do cheiro dos meias das tílias/  “Pela sua leveza e outras características, a madeira de tília (em inglês: basswood) é utilizada na construção de corpos de guitarras maciças, como alguns modelos da Fender fabricados no Japão, e na construção de baterias. Inúmeros artistas utilizam instrumentos feitos em basswood”. (wikipédia)]]